sexta-feira, 19 de julho de 2013

Capitulo 7 Nora, garoto chato

Assim que terminamos subimos para o quarto e copiamos tudo que precisávamos para ficar em dia com a matéria. Depois que terminamos fomos nos arrumar para dormir. Assim que me troquei eu cai na cama morta de cansaço. Até que eu estava gostando daquela casa, um quarto só pra mim, uma cama só pra mim, ainda mais sendo uma cama tão grande.
 -É vo me acostumar com essa vida – disse para mim mesma.
 Minutos depois eu apaguei. Acho que devo ter dormido por uma hora, mas sabe aquela sensação de que esta sendo observada, pois é, to sentindo isso agora.
 Eu me sentei na cama e olhei pelo quarto, ele esta iluminado apenas pela luz da lua que entrava pela janela aberta, foi nessa hora que vi um vulto passar pela janela. Abri a boca pra dar mais um dos meus gritos mas algo me impediu.
 Pronto tem um ladrão na minha casa e pior ainda no meu quarto.
 -Por favor não grite – ele tirou a mão e foi para a janela na luz – Vil sou eu.
 -Daniel o que você ta fazendo aqui de novo – me estiquei na cabeceira da cama e estiquei as pernas, puxando a coberta mais para cima.
 -Desculpe não queria te acordar – ele se sentou na poltrona da janela, e eu percebi que estava com um livro meu nas mãos  - È que não queria fica no museu sozinho, estava esperando que vocês estivessem acordadas para conversar – ele olhou pro lado e sorriu – Eu encontrei todos dormindo, ai peguei este livro pra ler.
 “Gente que sorriso é aquele!” Por que eu pensei isso, eu não devia fica reparando no sorriso dele.
 -Daniel posso lha fazer uma pergunta?
 -Pode.
 -Você não quer a nossa ajuda.
 Ele pensou um poço e disse:
 -Isso não é uma pergunta.
 Mas que garoto chato.
 -Ta, deixa eu reformula isso, por que você não quer a nossa ajuda?
 Ele penso mais um poço, e achei que não ia responde, então quando tava me deitando de novo ele falo:
 -Tenho medo.
 Eu o olhei espantada, como um cara como ele, grande, inteligente, bonito, de braços fortes... por que estou pensando assim de novo.
 -Medo, do que?
 -Do que tem lá. Olha eu não tenho medo daqui porque eu vi a mudança acontecer, quando eu era vivo era de um modo e depois que morri vi tudo isso muda e mudei junto – ele paro um poço, e olhou pra mim, mas não pra mim inteira, ele olhou direto em meus olhos como se procurasse alguma coisa – Mas eu não sei como é lá, o paraíso, é assim que vocês o chamam né. Nem sei se seria pra lá que eu iria.
 -Claro que seria Daniel, você foi uma pessoa muito boa, cuido e ajudo a sua família, aceitou tudo e fez tudo o que lhe foi pedido – eu olhei direto em seus olhos.
 -Mesmo te conhecendo a pouco tempo, eu posso ver em seus olhos como você foi, e ainda é. E...
 -E? – ele incentivou.
 -Mesmo não te conhecendo eu... eu... – minha garganta travava, mas por que? – Eu confio em você.
 -Sabe Nora – ele se aconchegou mais na poltrona – Você e eu não nos saímos muito bem no começo, mas pra falar a verdade eu to começando a gostar de vocês. – ele espero um pouco, ficou me olhando – Vocês querem mesmo me ajuda não é?
 Eu balancei a cabeça positivamente.
 -Tudo bem eu aceito a ajuda, se bem que eu não pedi e não vejo nada de mais em continua aqui.
 -Daniel você não se sente sozinho? Sem pode fala com ninguém e sem pode ser visto. È meio chato.
 -Vocês falam comigo, vocês me vê.
 -Sim agora mas antes não, e um dia nós poderemos ir embora, ou uma hora nós morreremos e você ficara sozinho de novo.
 -Tudo bem estou entendendo.
 No momento em que citei a possibilidade de nós nos mudarmos ou morrer ele pareceu se entristecer. Será que ele não quer que nós vá?
 Nós conversamos por muito tempo, sobre tudo, principalmente sobre a nossa mediunidade. Quantos fantasmas nós ajudamos, quantos nós mandamos em borra por estar causando problemas e se nós já conhecemos  outros mediadores. Eu tive que explicar pra ele um dos motivos do por que dele ir embora, que depois de alguns anos sozinho os fantasmas começam a se entediar, e com a desculpa de se distrair começam a causar confusões para com os que estão vivo, ou simplesmente ficam ruins, incomodados com sua situação. Sem poder voltar atrás de sua decisão. Não há muitos mediadores por aqui, uma vez que você o encontra ele fará o possível para te ajudar, sendo vingança ou não, bom pelo menos o mediador que nos conhecemos era assim. 
 -Como ele era? – perguntou Daniel.
 -Ele era velho – eu sorri e ele também  - Não sério ele era um senhor que morava na esquina de casa, sempre que Alice e eu passávamos na frente pra ir ao colégio ele ficava nos observando de sua janela.
 -Então ele sabia sobre vocês?
 -Provavelmente, a forma como nós descobrimos que ele era um mediador foi bem legal.
 -Como foi?
 -Foi num final de semana, no domingo pra ser exato – as lembranças começou a vir a tona – Nós estávamos na rua com alguns amigos, até que o Nícolas  ele tem 7 anos e é irmão mais novo de um dos garotos que estava com nós, disse ter visto um velho no beco que fica a duas quadras de casa que ele estava falando sozinho, então nós fomos checar.
 -E aquele velho era aquele senhor.
  Ele não fez uma pergunta mas mesmo assim  eu respondi.
 -Era, mas enquanto todos viam ele falando sozinho nós o vimos falando com um fantasma. Percebendo a platéia ele olhou pra nós fez uma careta e foi embora – eu começo a rir – Olha a gente não estava tirando sarro dele, por que nós sabíamos de tudo, mas do jeito que aconteceu foi bem legal.
 -Mas e depois disso vocês foram falar com ele?
 -Fomos, e ele explico por que nós olhava daquele jeito. É que ele queria pedir a nossa ajuda mas não sabia como.
 - Ata bom, pedir ajuda... de vocês, conta outra – ele foi até a penteadeira a começou a olhar tudo – Bom da sua irmã até vai já que é ela que faz tudo, mas de você – ele olhou para mim e começou a rir.
 - Olha Daniel eu também ajudo. A Alice é a que pensa em tudo e eu  sou a que bota a mão na massa.
 -Nora nunca que um fantasma vai se sentir intimidado por você. Você pode ser corajosa, mas também é arrogante – eu ia falar algo mas ele me cortou – Isso pode ser bom em alguns momentos mas em outros pode ser burrice, você é frágil demais e pode acabar se machucando, alem de ser pequena – ele olhou diretamente para mim – e é por isso que eu gosto tanto de te irritar.
 Sinceramente eu não sei se aquilo foi um elogio ou uma ofensa, mas eu fiquei chateada pelo comentário.
 -Como você consegue Daniel – comecei a me arrumar para dormir – Em um momento você é bem legal mas em outros você é tão... tão... chato.
 Não consegui encontrar palavras melhores mas parece que funcionou.
 -Nora... Nora eu não queria...
 Eu i ignorei, tentei dormir mas por um tempo eu tive que ouvir suas desculpas, mas acabei dormindo.

 E sem sonhos, ainda bem.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Capitulo 6 Alice, invasão de privacidade


Eu estava sentada num banquinho que fica no balcão que divide a cozinha. A mamãe ainda estava preparando o jantar. Seriamente o Jared é mais rápido do que ela. Foi quando nós escutamos o grito da Nora, todos nos corremos para ver o que erra. Quando estávamos subindo as escadas com a confusão o Sam acabou tropeçando e quase levou Jared e eu que estávamos bem atrás dele juntos para o chão. Ao chegar no quarto a mamãe foi logo entrando.
 -Nora o que aconteceu? Você se machuco? – perguntou mamãe olhando Nora de cima a baixo checando.
 -Nada, não foi nada, eu só vi uma barata.
 -Você quer que eu a mate – Jared entrou no quarto e começou a procurar.
 Só então eu percebi Daniel sentado na poltrona de Nora. O que ele esta fazendo aqui e ainda por cima no quarto de Nora!
 -Não Jared ela já fugiu pode deixa, eu preciso me trocar – ela começou a empurrar ele para fora que continuava olhando no chão a procura do inseto, que nojo!
Claro que eles não podem ver Daniel, mas nós precisamos que eles saiam para falar com ele.
 -Cara você é muito escandalosa, tem medo de uma baratinha – Samanta estava atrás de todo mundo – Tomara que quando você estiver dormindo ela suba em cima de você e ande por tudo.
 -Quieta Samanta, saia daqui, você também Sam vamos deixar ela se trocar – Jared saiu levando todo mundo junto – Vamos Alice.
 -Não, ela pode ficar – ele olhou para Nora e ela acrescentou – Nós ficamos juntas por todo esse tempo, mais alguns minutos não vai mata ninguém.
 Assim que eles saíram eu entrei e tranquei a porta.
 -O que esta acontecendo aqui? Daniel o que você esta fazendo aqui? – perguntei, tudo bem que ele esta morto mas mesmo assim ele é um garoto e Nora esta de toalha.
 -Alice fica de olho nele, eu vou me troca – ela saiu e se tranco dentro do closet.
 -Daniel eu to esperando sua resposta? – cruzei os braços.
 -Me perdoe eu não sabia que ela tinha saído do banho, se soubesse nunca que eu faria isso. Me desculpe mesmo – pela cara que ele fez eu pude perceber que ele não fez por mal, foi simples sem quere – Nora você me perdoa? – ele falou mais auto, ele não precisava se preocupar se os outros ia escutar ou não.
 -Claro Daniel só tome mais cuidado – ela saiu do closet e veio em nossa direção.
 -Por que esta aqui Daniel? – eu perguntei chamando sua atenção. Ele estava olhando fixamente para Nora.
 -Eu queria pedir desculpas pela forma que eu agi mais cedo, foi agressivo e principalmente rude, eu não sou assim.
 -Agora esta falando como um verdadeiro cavalheiro – Nora falou e foi se sentar em sua cama, eu a segui, sentamos lado a lado no meio da cama e cruzamos as pernas.
 -Vocês duas são bem parecidas, mas só muda a altura – e voltou a se sentar na poltrona – A Nora é mais baixa. Não é baixinha – ele olhou pra ela e sorriu, dessa vez tive que segurar um riso.
 -Vou fingir que não ouvi isso – ela ficou emburrada.
 -E tem mais, já que vocês sabem da minha historia e estão oferecendo a sua ajuda...
 -Que você não aceitou – eu disse.
 -Mas já que ofereceram eu vou aproveita – ele se levantou e foi até a janela – E por onde vocês vão começa.
 -Se não é vingança, o padre não esta aqui para ajuda e os dois pombinhos também não – eu estava pensando em uma alternativa e estava bem difícil já que ele não sabia o porque dele esta aqui.
 -A gente poderia encontra os ossos dele e botar fogo – ela fez o gesto de riscando um fósforo imaginário – e puf ele vai embora.
 Daniel estava olhando para o por do sol que ficava bem de frente para nossa janela, e depois do que Nora falou ele se virou e estava com uma cara de assustado. Eu a olhei do mesmo jeito, como ela pode fala aquilo.
 -Você que não se atreva – em um piscar de olhos ele já estava em cima da cama, ele havia empurrado a Nora e estava segurando-a deitada – Entendeu. Eu estou colaborando com vocês, mas não faça com que eu me arrependa disso, posso ser bem perigoso quando quero.
 -Daniel, primeiro você quase vê Nora sem roupa nenhuma, agora quer subi em cima dela – eu estava puxando o braço direito dele para que a soltasse – E nós jamais faríamos isso.
 -Daniel saia de cima de mim – ela estava tentando se levantar mas ele não deixo – Ta legal, desculpa foi mal, eu sei, falei besteira me desculpa mesmo.
 Assim que ela se desculpou ele saiu de cima dela.
 -Mas tocando nesse assunto você sabe onde o seu corpo foi  enterrado – ele franziu o senho novamente só que desta vez para mim – Não é para isso, é só que, veja bem, nós não somos as únicas mediadoras do mundo, e se a sua ex-noiva ter voltado e estiver procurando por outro mediador para fazer exatamente o que Nora disse...
 -Há mais de vocês por ai? Você ta brincando né? – disse Daniel já recuperado
 -Sim tem mais, nós conhecemos um lá no Brooklin mesmo, ele que nos ensino tudo o que sabemos.
 -Ou, agora fiquei preocupado, será que ela volto?
 -Não á como sabermos – Nora foi se sentando novamente – Ela não apareceu pra gente, mas repetindo você sabe onde esta o seu corpo?
 -Não, eu não faço a mínima ideia.
 -Já que você quer ficar, teremos que achar e ficar de olho se Sabrina volto.
 -Nora, Alice venham o jantar esta pronto – gritou Sam.
 -Estamos indo – gritamos nós duas juntas.
 -Daniel podemos conversar amanha? – perguntei
 -Claro, vocês vão para o museu ou eu venho aqui?
 -È melhor ele vir aqui, Alice se formos no museu três dias seguidos os outros podem estranhar – Nora olhou para mim e aqueles  “ outros “ ela quis dizer mamãe, Jared, Sam, Samanta e o próprio segurança do museu.
 -Ela tem razão Daniel, você vem pra cá depois do nosso colégio pode se?
 -Pode, e alias eu gostei da sua casa, diga a seu pai que eu disse bom trabalho.
 -Ha, Ha, vai esperando e ele é nosso padrasto, há diferença entre pai e padrasto – Nora saiu da cama em direção a porta já abrindo-a.
 -Tchau Daniel ate amanha – eu falei, mas foi mais por educação.
 Depois que nos despedimos fomos janta, todos já estavam lá e esperavam nós duas para começar a comer.  
 -Caramba, tem que demora tanto assim pra se vestir, eu to com fome – a Samanta estava de costas pra gente e se virou pra nos ver entrando – Ei e a barata, ela resolveu não aparece, com aquele seu grito e a sua cara é claro que a bichinha ia se assusta.
 -Samanta – Jared a repreendeu – Se você disser mais alguma coisa desse tipo pode dizer adeus a sua carteira, você me entendeu.
 -Ta, foi mal.
 Então nos sentamos e começamos a comer.
 A janta estava deliciosa, uma coisa que eu não  podia acreditar é que foi minha mãe quem fez tudo, mas depois quando Nora e eu estávamos lavando a louça descobrimos que a mamãe teve ajuda do Jared.
 -Caramba Alice eu nunca levei um susto tão grande – ela tava lavando a louça, olhou pra mim e sorriu ao falar – Vo te fala se a toalha não estivesse bem enrolada eu teria deixado cair.
 -Seria muito engraçado.
 -Claro que não, por que você acha isso, seria constrangedor.
 -Pense bem ele é de uma época onde as garotas eram respeitosas e educadas, se duvida ele nunca deve ter visto uma garota de toalha, nem mesmo as próprias irmãs – eu não consegui segurar a risada que subiu pela garganta – Foi por isso que ele também se assusto.
 -Ta, mesmo ele sendo uma fantasma isso teria sido humilhante se tivesse acontecido.
 -Já terminaram meninas – a mamãe tem um péssimo abeto de entrar de fininho nos lugar.
 -Já mamãe – eu me virei e dei de cara com ela inclinada no balcão – Ai mamãe, precisa chegar tão perto assim?
 -Desculpe querida, não queria te assusta. Só queria pergunta se já fizeram o dever do colégio?
 -Mãe, não somos mais crianças – cara como ela pode pergunta isso pra gente.
 -Terminaram ou não?
 -Não mamãe, não tivemos tempo ainda – Nora se virou e estava secando a mão no pano – Mas não se preocupe já estamos indo.
 -Tudo bem – ele se endireito e foi em direção a porta, mas entes de sai ela paro e olhou pra trás, pra nós duas – È muito bom ter vocês perto de mim de novo. Senti muito a falta de vocês sabia?
 -Eu também – dissemos juntas.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Capitulo 5 Nora, triste historia.


 Uau como cansa, não pode ser menas voltas!
 Olhei para Alice pra ver se ela pensava a mesma coisa, mas ela tava olhando pro outro campo, o de beisebol, pro garoto que nós conhecemos o Victor, ta ele é bonitinho mas fica olhando pra ele daquele jeito já é exagero.
 Eu dei uma cotovelada nela antes que a Laura visse, ela olhou pra mim e deu um sorriso de quem foi pega no flagra e abaixo a cabeça.
 Depois que terminamos as voltas fomos jogar beisebol, e foi a vez dos garotos de correr. Tenho que confessar estudar aqui tem suas vantagens, por ser quente os garotos tiram a camiseta, bom alguns, e olha que não é permitido, e outra vantagem é que a maioria são lindos, sarados e ficam mais perfeitos ainda quando estão fazendo exercícios,  melhor que ficar sentado e fumando, como no Brooklin.
  Bom enfim jogamos beisebol que acabei percebendo que sou péssima, mas depois que acabou a aula nós fomos tomar banho para ir pra próxima aula que e´ nada mais nada menos que Aula de Direção. Também acabei me saindo muito ruim nessa aula, já a Alice mando bem, pelo jeito eu não posso ficar atrás de um volante. Depois dessa aula foi a ultima de geometria, com a professora Anabete Diniz, que nos disse para chama-la ou de Ana ou de Bete, Alice e eu ficamos no fundo nas ultimas carteiras, uma na frente de outra, na terceira fila do lado da porta.
 Como eu não estava entendendo nada do que a professora tava falando, os meus pensamentos foram vagando para aquele dia (ontem), para a nossa conversa com o fantasma Daniel. Tenho que confessar ele é muito bonito principalmente quando deitou a cabeça pro lado, fico imaginando, quando ele era vivo ele devia chamar bastante a atenção quando passava na rua, bom das garotas é claro, e alem do mais naquela época os garotos se cuidavam e ajudavam a família, ele devia ser bem educado...
 Uma folha de papel me acorda me tirando daqueles pensamentos que nem sei como foi chegar até eles. Caramba. Desdobrei o papel, era a letra da Alice, ela esta na minha frente.

“ Assim que o Jared vir nos buscar, vamos pedir pra ele nos deixar no museu.”

 Eu me inclinei na carteira e sussurrei no ouvido dela.
 -Ta mas o que vamos dizer pra ele, já fomos no museu ontem – assim que me endireitei ela me passo outro papel – Cara você é rápida!
 Ela balanço a cabeça pros lados sorrindo.

“ Bom o Sam não teve que fazer um trabalho de História, então nós também teremos que fazer, só que ainda não escolhemos o tema, então vamos lá pra dar uma olhada e ver se alguma coisa nos inspira, você topa? ”

 -Ta tudo bem eu topo – e assim continuo o resto da aula que eu continuava a não entender.
 Na hora de ir embora nós nos encontramos com o Sam e a Samanta no portão do lado de fora da escola, assim que Jared estacionou nós entramos, desta vez Samanta foi na frente, Alice e eu fomos pro fundo e o Sam na nossa frente.
 -Jared você pode nos deixar no museu? – eu perguntei assim que ele começou a acelerar.
 -Mas por que Nora? – ele olho pra mim pelo espelho retrovisor.
 -Nós temos que fazer um trabalho – Alice foi logo dizendo – Mas ainda não escolhemos um tema e achamos que indo no museu poderíamos ter alguma idéia.
 -Eu tenho minhas suspeitas – disse a Samanta dando um sorriso zombeteiro – Fiquei sabendo que os jovens do Brooklin usam essa desculpa todo santo dia.
 -O que você esta insinuando Samanta – sério essa garota deve ter algum problema.
 -Calma Nora ela não vai consegui nos irritar – Alice olhou para mim – ou vai?
 -È claro que não Alice – olhei para as costas da Samanta e sussurrei – Sua vaca.
 Alice não aguentou e começou a rir.
 -Ta garotas eu vou ignora o que a Samanta disse e vou confiar em vocês – Jared fez uma curva e foi em direção contraria – Quando vocês terminarem me liga e eu venho buscar vocês tudo bem?
 -Ta tudo bem Jared – Alice olhou para mim e deu uma piscadela.
 Jared nos deixou na entrada do museu, e depois que ele saiu nós entramos. Assim que entramos vimos o segurança de ontem parado na porta nos observando. Com tudo que estava acontecendo eu não tinha reparado como ele era grande e corpulento, parecia um armário. Nós passamos direto por ele, e fomos a caminho da estatua de Daniel, mas ele não estava lá, então fomos para a estatua do padre, que em frente dele tem um banco, no meio do corredor.
 -Será que ele aparece?
 -Acho que sim Alice, o que nós vamos fazer?
 -Espera eu estou pensando.
 -Mas foi sua ideia vir aqui, mas o padre não devia estar aqui .
 -É verdade, nós não podemos esquecer de perguntar Nora – disse Alice olhando para os lados procurando-o.
 -O que vocês estão fazendo aqui – olhamos para traz e ele estava nos encarando – Eu não disse pra vocês ficarem longe de mim.
 -Olha, tem algum lugar onde podemos conversar sem platéia – disse Alice.
 Hoje avia muitas pessoas, haveria como conversar direito sem que alguém percebesse que nós estamos falando com o nada.
 -No fundo do museu a um quartinho, onde eles guardam as coisas de limpeza – ele foi seguindo na frente nos mostrando o caminho.  
 -Os seguranças vão... – comecei a falar.
 -Eles não vão pegar vocês – disse ele olhando para trás – Depois de um tempo aqui você acaba descobrindo tudo. Os melhores esconderijos, por onde ir pra não ser pego – ele olhou ´pra gente e deu um sorriso – e acaba descobrindo os lugares favoritos onde os funcionários gostam de... de... vamos dizer namorar.
 Caramba só de imaginar o que ele deve ter visto e ouvido. Só de imaginar na hora que você esta fazendo sexo em um quartinho de museu e ainda por cima esta sendo observado deve ser bem constrangedor. Comecei a sentir o rosto esquentar.
 -Nora você esta corando? – perguntou Alice espantada.
 -Acho que ela sabe do que estou falando – disse Daniel olhando pra mim e sorrindo.
 -Ei não é isso que vocês pensão. Alice tenta imaginar você e um garoto namorando e sendo observado por... ele – eu apontei para ele, mas ele começou a rir da minha forma de explicar  - Seria invasão de privacidade, e também bem ruim.
 -Ta, ta, entendi seu ponto de vista – ela disse achando grassa no meu constrangimento.
 -Bom chegamos. Podem entrar – ele abril uma porta onde dentro tinha vários equipamentos de limpeza.
 -Daniel você é de 1965, eu achei que naquela época os rapazes fossem mais educados – eu disse.
 -E eu fui, mas agora estou na sua época e a educação e cavalheirismo não parece valer a mesma coisa – ele começou a ficar serio, mas por um lado tenho que concordar com ele.
 -É, Nora vendo por este lado nós temos que concordar – Alice colocou a mão no meu ombro.
 E a verdade é que eu concordava.
 -Bom mas nós não viemos aqui pra falar sobre isso – Alice abaixou a mão e olhou para ele – Nós viemos por sua causa.
 -Mas eu não quero a sua ajuda – ele fechou os olhos e suspirou.
 -Daniel só nos conte como você morreu – eu disse devagar e com calma – Por favor só a sua historia – bom um pouco de educação não faz mal a nenhum.
 -Tudo bem, só porque pediu educadamente, baixinha – ele olhou para mim.
 -Não me chame d... – Alice e tapou a minha boca.
 -Ela não vai falar nada, não é Nora? – eu acenei, e assim que ela tirou a mão eu me acalmei, de novo, e dei dois passos pra trás e acabei esbarrando em algumas vassouras, rodos e tudo acabou caindo em cima de nós.
 Alice e eu gritamos, não muito alto, mas  se tivesse alguém passando por perto ouviria e ao mesmo tempo nos agachamos.
 Mas não sentimos nada caindo sobre nós, e quando olhei pra cima eu vi Daniel segurando tudo, um pouco com as mãos e um pouco com mente, já que os fantasmas tem um tipo de poder telepático, ou como dizem telecinético, um lance de mover as coisas com a mente. Isso deve ser bem legal.
 -Deveria tomar mais cuidado baixinha – ele colocou as coisas no lugar e nos ajudou a levantar.
  -Por você ter nos ajudado não vou reclamar – eu aceitei sua ajuda e assim que me recompus acrescentei – Mas o meu nome é Nora.  
 -Ta tanto faz  - ele revirou os olhos – eu conto e ai vocês me deixaram em paz!
 Alice e eu nos encaramos mas não dissemos nada.
 -Bom por onde eu começo – ele se encostou na porta como se estivesse cansado, coisa que não faz sentido algum já que ele não faz nada, a não ser ficar bisbilhotando a vida dos zeladores do museu – Bom mesmo eu sendo de  1965 meus pais gostam de manter as tradições, então eles arranjaram um casamento pra mim, o nome dela era Sabrina Lefreve, ela era bem bonita, pele clara, cabelos ruivos encaracolados... ela era linda. Assim que nossos pais formaram o compromisso, eles começaram a marcar encontros para nós dois, tipo sair para andar no parque, passeio no bosque, piquenique, tomar chá na varanda da casa dela.
 “Nós dois éramos filhos de fazendeiro, meus pais queria que eu me casa-se para ter filhos e continuar a nossa geração, e os pais dela porque ela era filha única e eles precisavam de um homem para cuidar da fazenda. E conforme o tempo ia passando eu ia me apaixonando ainda mais dela, mas depois de alguns meses ela começou a me evitar. Até que descobri que ela tinha um amante. Então resumindo, seu amante não queria que nós nos cassemos, no dia do nossa casamento eu fui para a igreja mais cedo para falar com o padre, e quando percebi já era tarde demais estávamos cercados pelas chamas e acabamos inalando muita fumaça. Bom é isso e agora estou aqui falando com duas meninas me fazendo reviver tudo o que de pior me aconteceu.
 -Aonde o padre entra nisso? – pergunta Alice, bom ela não se esqueceu ao contrario de mim.
 -Ele era o meu melhor amigo, eu contava tudo para ele, e ele sabia sobre Sabrina e seu amante, e já que eu estava com ele na igreja vazia, porque não se livrar dos dois de uma só vez.
 -Mas por que ele não esta aqui com você? – eu perguntei.
 -Ora ele era padre, ele deve ter perdoado seus assassinos ou sei lá o que.
 -E você por que esta aqui? – eu olhei diretamente em seus olhos.
 -Eu não sei – ele desviou os olhos.
 -Será vingança? – perguntou Alice.
 -É e quem eu vou vingar, eles estão mortos – ele franziu a sobrancelha e fico de frente pra Alice.
 -Tudo bem, Alice vamos – eu peguei o braço dela fui puxando em direção a porta – Ele já nos disse a sua historia agora nós temos que ir. Obrigada Daniel.
  - Agora vocês vão me deixar em paz ?
 Eu olhei por sobre o ombro e sorri pra ele. – Não, com certeza não.
 Na hora que saímos Alice ligou para o Jared e ele veio nos buscar.
 Todos já tinham tomado banho e se preparado para jantar, enquanto mamãe e Jared preparavam tudo Alice e eu subimos pra nos lavar.
 Pelo menos cada um tem seu próprio banheiro, esse foi um dos motivos deu ter gostado daqui logo de cara.
 Meu banho foi bem demorado, a água estava quente, do jeitinho que eu gosto, relaxei os meus músculos do ombro que estavam tensos, desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha e sai do banheiro pra me trocar.
 Estou atravessando o quarto em direção ao closet quando sinto uma coisa fria no meu ombro. Assim que me viro do de cara com Daniel. Bom eu não esperava por isso, e com o susto acabou escapando um grito da minha boca, e foi dos bons.
 -Fica quieta – ele fico surpreso com minha reação, e tapo a minha boca com a mão para abafar pelo menos um pouco o meu grito.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Capitulo 4 Alice, novos amigos

 Assim que eu acordei eu me dei conta de que era o nosso primeiro dia de aula. O Sam disse que lá não usa uniforme, mas é obrigado a usar calça jeans, pois assim as garotas não inventam de ir de saia ou um shorts curto.
 Eu fui tomar banho e assim que sai eu vesti uma calça jeans preta com uma mancha acinzentada em cada cocha uma camiseta pólo azul bebê feminina, e peguei minha mochila que é de lado. Assim que sai tranquei a porta e vi Nora fazer a mesma coisa.
 -Não gosto quando a mamãe entra no nosso quarto, e também não quero a Samanta bisbilhotando tudo - Nora começou a fazer caretas de repulsa.
 Nora estava com um jeans azul, um tênis branco e uma regata preta com um colete azul por cima.
 -Gostei da idéia de não usar uniforme, e você Nora?
 -É eu também, mas bem que eles poderia deixar usar saia.
 -Meninas vem tomar café, já estamos atrasados.
 -Já estamos indo Jared.
 Assim que descemos eles já estavam tomando comendo. Então depois do café fomos para a escola ( de vam é claro). Ele deixou a mamãe em seu escritório e depois foi levar nós quatro.
 -Ola diretora Morgan como vai? Tudo bem aqui na escola? - pergunto Jared.
 -Ola Jared. Se você esta querendo saber se a Samanta arranjou problemas novamente a resposta é NÃO. Ainda !- disse a diretora. Uma mulher jovem, bonita, de cabelos vermelhos encaracolados, olhos castanhos claros, não deve ter mais de 30 anos.
 -Essas são as gemias filhas da Mel, Nora e Alice - disse ele apontando para nós.
 -Oi meninas sejam bem vindas. Olha vou confessar uma coisa pra vocês. Vocês só ficaram na mesma sala porque a sua mãe sabe ser bem convincente e o pai de vocês por ser bem conhecido aqui na cidade.
 -Bom eu já vou indo, com certeza vocês vão encontrar o Sam e a Samanta no intervalo e sei que a diretora vai mostrar o colégio, eu sei que estou sobrando. Então boa aula - e ele foi logo saindo.
 -Vocês tem a aula de química agora. Aqui estão suas aulas da semana e vocês tem que fazer os professores assinarem. Então vamos.
 A escola é quadrada de dois andar e com as quadras de futebol americano, basquete, a piscina e o campo de baisibool atrás da escola do lado leste.
 Estávamos em um corredor, passamos por três salas, uma do lado esquerdo que era de Inglês, a segunda do lado direito é Física, a terceira do lado direito de Matemática e a quarta que era a nossa, do lado esquerdo, de Química.
 A diretora entrou e nós fomos atrás.          
 -Ola professor Ricardo, eu vim trazer as novas alunas, essas são Nora e Alice - disse apontando pra nós.
 -Oi meninas tudo bem? Sejam bem vindas. Obrigado diretora Flimon.
 -Bom tenho que ir garotas. Boa aula pra vocês todos - ela disse para todos da sala e saiu.
 -Meninas podem se sentar.
 As carteiras vagas ficava longe, são quatro fileiras, Nora ficou na ultima a debaixo da janela, na quarta carteira, e eu na segunda fileira na penúltima carteira, lá no fundo.
 Atrás da Nora tinha uma garota morena de olhos pretos, cabelo crespo mas que ta amarrado num coque, e em sua frente tem um garoto de cabelo castanho claro e olhos azuis escuro.
 -Oi – disse uma garota do meu lado na primeira fila, ela tem cabelo castanho escuro com cachos, e estava usando quase um quilo de maquiagem - Meu nome é Dora  Mancuso e você é?
 -Alice Donovam e aquela é minha irmã Nora.
 -Quase igual o seu Dora só troca o N pelo D - uma garota na minha frente se virou pra trás - Alias eu sou Beca Fitspetrique - ela é loira do cabelo repicado e liso. Sê primeira empresam contar: eu já não gostei delas.
 A segunda aula foi de Português e a terceira de Física pelo menos nesta nós ficamos uma do lado da outra.
 Bateu o sinal do intervalo e todos foram para o pátio e para a cantina.
 -Alice quero apresentar nossos colegas de Química, a Mary que senta atrás de mim e o Victor que senta na frente - eles estavam do seu lado, o garoto não é loirinho mas é bonitinho.
 -Oi - foi a única coisa que eu disse.
 -Ei, eu vi que você sento perto da Dora e da Beca, tome cuidado elas fazem amizade agora pra ver se vocês são iguais a elas, e se decidirem que não, elas vão ficar implicando com vocês duas – disse Mary – Ei se quiserem Victor e eu podemos mostrar todo o colégio.
 -Seria bom, nós aceitamos – disse Nora.
 Eles nos mostraram tudo, quais são as pessoas mais populares e Mary nos mostrou os caras que estavam disponíveis, e é claro que Victor não fico nada à-vontade com isso.
 -Sincera mente Mary eu acho isso desnecessário – disse Victor olhando de cara feia pra ela.
 -Eu sei que você fico incomodado só porque seu nome não esta na lista, mas já vo resolve isso. Nora, Alice o nosso queridinho Victor Vazeli esta disponível esta disponível e isso á dois meses – declaro Mary – Bom só tomem cuidado quando quiserem o Victor.
 -Mary – Victor aperto os olhos, cruzou os braços e fico olhando de Mary para mim e voltando pra Mary de novo.
 -Por quê? – eu quis saber.
 Nora me deu uma cotovelada no braço – Não é precisa dizer Mary. Alice curiosidade é feio.
 -Não tem problema, diz pra elas porque ter cuidado com você Victor, elas vão saber de todo jeito – ele disse revirando os olhos – O povo daqui são bem fofoqueiros.
 -È eu to vendo – ele deu um sorrisinho pra mim e pra Nora – Ta o que ela ta loca pra fala é que a dois meses atrás a minha namorada é a Dora, bom era minha namorada. Eu terminei com ela, é ciumenta demais e muito possessiva.
 È claro que um cara lindo como ele tinha que te namorado uma das garotas mais populares. O sinal tocou cortando o meu bla, bla, bla.
 -Bom ate mais meninas – disse Victor indo pra sua aula de beisebol.
 -Espera ai a aula dele é de Educação Física? – perguntou Nora.
 -É sim por que? É a mesma de vocês? – pergunto Mary.
 Nora e eu checamos no papel que a diretora Morgan nos deu.
 -È – disse Nora – Ei Victor espere – ela gritou tão auto que Mary e eu tivemos que tampar os ouvidos.
 -O que você ta fazendo? – perguntei.
 -Vamos pegar carona com ele, vamos – Nora pegou no meu braço e me puxou com presa – Tchau Mary.
 Victor tinha parado assim que Nora o chamou e ficou olhando pra nós. Todo mundo tava olhando o escândalo que ela fez, e quando olhei para a direita na direção das salas de aula eu vi Dora, Beca e mais algumas garotas, todas elas olhando curiosamente pra gente e algumas de cara amarada. Quando olhei pro Vitor ele tava dando tchau Zinho pra elas com um sorriso de zombaria.
 -Preferiria que você não a provocasse – disse Nora – Não to querendo ter uma inimiga logo no primeiro dia, e o pior sem dizer uma única palavra pra ela.
 -Relaxa ta, não liga pro que a Mary falo – ele disse rindo – Mas por que você me chamo?
 -Na verdade ela grito o seu nome. Alias vocês podem falar mais auto eu não consigo ouvir nada – eu olhei pra Nora e ela simplesmente reviro os olhos pra mim.
 -Mas que exagero Alice, mas Victor é que a gente tem a quarta aula de Educação Física, e como é nosso primeiro dia nós achamos que...
 -Claro que vocês podem vim comigo – ele disse.
 Nós o acompanhamos, e ele nos explico que cada aluno tem um armário no vestiário e dentro tem o uniforme pra usa na aula.
 -Bom eu vou pro beisebol, e bom... ahm... boa sorte pra vocês duas – disse sorrindo.
 Assim que ele saiu em direção ao vestiário masculino, nós fomos para o feminino.
 Quando entramos uma garota se ofereceu para mostrar o nosso armário, e nos contou que enquanto os garotos jogam beisebol as garotas correm, e depois troca, os garotos correm e as meninas jogam. Quando nós estávamos a caminho da pista de corrida, foi que nós ficamos sabendo que o nome da garota é Laura Fernandes, ela é uma garota branca com poucas sardas nas bochecha, ruiva do cabelo mais pro laranja desbotado, da nossa altura, encorpada e de olhos castanho claro. Ela é bem legal correu do nosso lado o caminho todo.
 Não estamos acostumados com isso, no Brooklin era nós que escolhíamos o que fazer, tinha gente principalmente garotas que preferiam ficar sentada. Mas foi divertido, demos 7 voltas num percurso oval de 2 kl. Enquanto a gente corria dava pra ver o Victor e seu time jogando, ele é muito bom.


sábado, 6 de agosto de 2011

Capitulo 3 Nora, esclarecimento

Eu não sei o que aconteceu mas quando a Alice segurou na minha mão, eu senti que ela estava suada e fria, e não sei porque mas o meu coração acelerou tanto.
  -È nós podemos te ver e eu não gostei do jeito que você olhou para o Sam. - Alice estava do meu lado e a cada palavra ela apertava mais a minha mão, como se fosse para me acordar.
 Mas caramba que fantasma bonito, é moreno, cabelo curto encaracolado, e de olhos verdes, tem a pele perfeita, para um jovem que morreu aos 18 anos, ele não tem nenhuma espinha, lábios perfeito. Suas roupas a 44 anos atrás não eram tão diferentes de hoje, ele esta com um terno preto, uma gravata borboleta, e sem nenhuma marca de bala, de faca, provavelmente morreu com a inalação da fumaça, sua altura é mais ou menos de 1,83 de altura. Ele é perfeito.
 -Quem são vocês? - franzindo a testa para mim.  
 Com essa pergunta eu voltei ao normal e soltei da mão de Alice.
 -Eu sou Alice e essa é minha irmã Nora.
 -Como vocês duas podem me ver? - deitando a cabeça para o lado direito.
 Gente ele fico tão lindo fazendo isso.
 -Olha é complicado. Nós somos mediadoras podemos falar, tocar e ver vocês. Nós ajudamos vocês a cumprir suas ultimas tarefas, desejos ou vingança.
 -Vingança por quê? - ele faz uma cara de espanto.
 -È quando alguém é assassinado por alguma coisa e quer vingar a sua morte, assim como você, quem você quer vingar? - disse Alice.
 -Eu? Ninguém.
 -Então porque ainda esta aqui? - perguntei.
 -Eu não sei, eu devo ir a algum lugar? - diz ele frustrado.
 -Acho que sim, pra onde vai todo mundo quando morre, céu, inferno eu não sei. - depois dessa eu suspirei bem devagar, estou ficando um pouco ansiosa.
 -Tudo bem, você já sabe quem somos e o que fazemos, agora é a sua vez, quem é você? - Alice sempre foi melhor em escolher as perguntas certas para fazer.
 -Bom meu nome é Daniel Sparks, meu pai era o conde de Sanford e como o seu irmão disse eu tenho 18 anos, bom eu tinha quando morri.
 -E por que você foi morto? - essa pergunta eu tinha que fazer.
 -E por que eu lhe diria? Nora não é? Me desculpa mas eu não conheço vocês.
 -Nós só queremos te ajudar. - Alice estava nervosa com a sua ignorância - Nós dissemos quem somos agora é sua vez.
 -Mas eu não preciso de vocês, posso resolver isso sozinho.
 -Não, não pode, para você pode seguir seu caminho vai precisar de nossa ajuda. - este garoto é bonitinho mas começou a me irritar.
 -Calma Nora assim você vai chamar atenção - Alice ficou assustada com a minha mudança no tom de voz e eu confesso até eu.
 -Há algum problema senhoritas - o segurança olhou pra gente com uma cara de desconfiança.
 -Não senhor - dissemos juntas.
 -Então falem mais baixo.
 Com essa ele saiu, e nós ficamos sozinhas.
 -Vocês não de duas garotas de 15 anos, e acham que pode fazer qualquer coisa.
 -Nós temos 17 para sua informação - eu disse.
 -Olha não quero a ajuda de vocês, quero vocês duas longe de mim, e aquele seu irmão é muito esquisito...
 Este tal de Daniel não é o primeiro fantasma que nós vemos e não quer ir embora. Todos no começo cria uma resistência mas depois resolvem por ir.
 -...Você tem de ir embora o seu lugar não é aqui.
 Eu acabei perdendo o começo da discussão.
 -Mas se eu não quiser ir embora, eu gosto daqui. - ele começou a ficar frustrado.
 -Mas você esta morto, seu lugar não é junto dos vivos. - disse me adiantando.
 -Como vocês viram a diferença entre mim e vocês?
 -Ta Daniel essa você devia saber - Alice estava ficando brava por ele estar tentando mudar de assunto - Vocês tem um certo brilho e alem de ser mais pálidos.
 -Olhe nós temos que ir e essa sua forma de mudar o assunto funcionou bem, mas fique cabendo nós vamos voltar. Vamos Alice - e para dar uma ênfase sinto a minha barriga roncar de fome. Quando olho para Daniel, ele não estava mais lá.
 -Fantasma idiota. Que fantasma não quer sair daqui? - agora Alice estava realmente brava.
 Sam estava em uma lanchonete que fica bem em frente ao museu, estava comendo uma esfirra.
 -Puxa vocês demoraram, vocês gostam tanto de historias antigas assim?
 -É tava muito legal. - disse Alice com sarcasmo.
 -Vocês querem alguma coisa, isso ta muito bom. - ele foi logo nos oferecendo o seu.
 -Não - Alice e eu dissemos juntas, vendo ele comer isso acabei perdendo a fome.
 -Ham, Alice me empresta o celular, eu esqueci o meu na bolsa da viagem.
 -Ta legal. - ela fuçou na bolsa e me entregou seu celular.
 -Sam, qual é o numero da Samanta?
 -Para que você quer?
 -Eu quero liga pra ela, para vim nos buscar, eu quero ir embora.
 -Não - gritou ele, e pulou encima da mesa pra tira o celular da minha mão - Só tem três regras que a Samanta quer que obedeça. Primeiro - ele foi mostrando com o dedo - Não fique no caminho dela, se não você vai se dar mal. Segundo: não conte nada para o papai do que ela fizer, de bom ou de ruim, se não vai se dar mal e terceiro e é a principal, quando ela diz pra ligar só a partir das 19:00 horas, porque é a partir das 19:00 horas, se não...
 -Já sei, vai se dar mal. - interrompeu Alice.
 -Cara sua mãe é ruim com todo mundo? Por que ela parece ser bem legal com  a minha mãe. - assim que terminei de falar comecei a imaginar a Samanta sendo legal com a mamãe.
 -Ela só é educada porque o papai disse que se ela desrespeitar a Mel ele vai tirar o som dela e vai tomar a sua carteira.
 -Ham - Alice olhou direto para mim.
 Bom eu entendi o que ela quis dizer “ que vamos ter problemas”.
 -Bom ainda temos duas horas, então vamos andar na cidade. - sugeriu Sam.
 -Por mim tudo bem, e ai Nora ta afim de fazer compras?
 -Claro.
 Nós começamos a andar no shopping, fomos na loja de CDs e DVD, fomos lojas de roupas e agora entramos na loja de roupas intimas femininas: lanjeris, calcinhas, sutiãs e etc.
 -Eu acho que vou voltar naquela loja de CDs - Sam estava começando a corar.
 -Claro Sam - assim que ele saiu Alice e eu começamos a rir tanto que todos olharam para nós.
 No final acabamos comprando algumas coisas.
 Nós estávamos na entrada do shopping e Sam resolveu ligar para a Samanta já que era 20:00 horas.
 -Samanta nós estamos na entrada do shopping. - ele começou a escutar e ela disse algo que o deixou furioso. - Não, nem mais um minuto, você tem 30 minutos pra chega aqui, se não eu conto pro papai que você nos deixo aqui sozinhos e foi ficar com seus amigos góticos fazendo sei lá o que, e conto todas as outras coisas entendeu. - ele tava bem furioso. Fico com dó dele, do que ela pode fazer com ele por ameaça-la.
 Assim que ela chegou o Sam entrou no banco da frente, e assim que eu ia entrar a Alice segurou o meu braço, e apontou para o fim da rua. Lá estava Daniel olhando para nós.
 Nós chegamos meia hora depois e assim que jantamos como uma família grande e unida fomos dormir. Alice estava no meu quarto ia ser a primeira noite desde que nascemos que vamos dormir separadas.
 -Ei você vil o Daniel Sparks na rua fora do museu?
 -Alice você sabe que eles pode ir a qualquer lugar.
 -È, mas muitos preferem não sair, se sentem mais seguros, mas deixa pra lá eu só achei estranho.
 -Bom ele penca diferente dos outros fantasmas - eu não queria falar disso agora.
 -Posso fazer uma pergunta - Alice com aquela cara de “ vou te bater se não disser sim”.
 -Sim claro Alice, mas pense bem na pergunta - eu sei que vou me arrepender disso.
 -Você ficou com medo do fantasma?
 -Claro que não.
 -Então por que você tava com a mão tão gelada e suada?
 -Eu sei lá começo a me um frio na barriga.
 -Como te deu com o seu ex-namorado Kam do Brooklin.
 -Você ainda se lembra dele? - cara e eu querendo esquecer.
 -Como alguém pode esquecer que namorou com o capitão do time de baisibool, te deu uma correntinha com um pingente em forma de um anjo com pedra de diamante.
 -E que me traiu com sei lá quantas garotas - o Kam podia ser lindo, popular e capitão do time de baisibool, mas era um cachorro não podia ver um rabo de saia que ia logo atrás, não sei como eu pude ficar com ele por um ano.
 -Ta chega de falar sobre ex-namorados galinhas, to indo pra cama. Boa noite.
 -Boa noite.
 Assim que apaguei a luz, como a minha cama fica de gente pra janela, deu pra ver o céu cheio de estrelas. E logo depois eu apaguei.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Capitulo 2 Alice, nova casa

 O caminho do aeroporto até a nossa nova casa não era tão grande.
 Nós passamos pelo museu que o Sam disse que era uma antiga igreja, também passamos pela nova igreja que foi construída, que alias é maior que a primeira, e passamos pela nova escola que começaremos amanha. O nome da escola é Seminole High School.
 -Vocês vão gostar dela, os professores são legais e alguns alunos também. Mas tomem cuidado porque há alunos bem exibido - disse o Sam olhando para a Samanta.
 Eu olho para a Nora e ela apenas levanta os ombros.
 -Se vocês quiser conhecer a cidade, o Sam pode ser o guia turístico. Você mostraria a cidade para elas Sam? - mamãe estava se virando e olhando para Sam, Nora e eu.
 -Mas é claro Mel, com o maior prazer - Sam estava com um sorriso enorme no rosto.
 -Você viu Alice ele usou o apelido que nós demos para a mamãe. Quanta intimidade - Nora não é ciumenta, mas durante anos só ela e eu usamos o apelido que o papai deu pra mamãe.
 -Sabe Nora, um ano é muito tempo. Mas vamos levar isso na boa certo? - ela apenas balanço a cabeça pra cima e pra baixo.
 Finalmente chegamos, paramos em frente a uma casa de dois andar, com um sobrado, e duas janela na frente no andar de cima.
 -Sabe aquelas janelas lá em cima? È o quarto de cada uma - Jared disse isso olhando para as janelas - Nós não fizemos nada, a Mel achou melhor deixa viceis organiza o quarto.
 -Dormir em quarto separado? Vai ser difícil de acostumar - mas eu acho que vou gosta
 -È Alice vida nova.
 Entrando na casa vi que Jared tinha bom gosto, uma lareira e algumas fotos da mamãe e ele no casamento, outras do Sam, da Samanta e agora uma minha com Nora e a vovó na formatura da oitava série.
 Do lado da lareira havia uma estante com uma TV 42polegadas, um som grande com duas caixa e duas cornetas. Aposto que é por causa da Samanta. Dois sofás, um de três lugares e outro de dois, uma poltrona (do Jared é claro) e uma mesa de centro.
  Ainda no andar de baixo tem um banheiro, uma sala de jogos com dois computadores, um notebook, outra TV 42polegadas e um Nintendo WII.
 A cozinha é separada por um balcão, de um lado fica a mesa e do outro lado fica o fogão, geladeira, etc...
 Subindo as escadas me deparo em um corredor com seis portas, a porta no final do corredor é da mamãe e do Jared, a primeira porta a esquerda é da Samanta com um cartaz dizendo “ não incomode”, a segunda da esquerda é o banheiro, a primeira á direita é do Sam, eu sei disso por causa da placa com seu nome na porta, como aquelas de bebe, e virando pra frente da casa, há duas portas uma do lado esquerdo já aberta com a Nora já desfazendo as malas e trocando os moveis de lugar, de acordo com o seu gosto. Então fui para a porta que sobrou, a da direita.
Entrando no quarto me deparo com uma cama de casal de frente para a janela, uma cômoda na parede da esquerda, um daqueles armários em que você pode entrar dentro, uma almofada enorme, daquelas em que você afunda quando senta, e fechando a porta do de cara com um espelho de corpo inteiro grudado nela.
 -Se quiser mudar alguma coisa de lugar cinta-se à-vontade, querida. - disse mamãe.
 -Há, não se preocupe, esta perfeito assim, e eu adorei o closet. Apesar que ira sobrar um bom espaço.
 -Quando vocês duas terminar de desfazer as malas eu posso levar vocês pra fazer compras no shopping.
 -E ter que ir naquela van, a não obrigada - me recuso a andar naquilo pela cidade, anão  ser para ir a escola.
 -Não se preocupe o Jared tem outro carro na garagem é um gol vermelho - disse mamãe caindo na gargalhada com a minha cara de horror.


 Depois de terminar as malas eu desci para o café da tarde.
 Chegando na cozinha todos já estavam sentados comendo e sem incomoda eu me sentei  entre a Nora e a Samanta. Que ótimo.
 -Bom, Sam já que ainda é 13:00 hora da tarde eu ia gostar de fazer aquela excursão ainda hoje.
 -Claro, é só terminar o café e nós podemos ir.
 -Nora você vai? - olho pro lado quase implorando para que ela diga sim.
 Bom, não conheço o Sam direito então não ia querer ficar sozinha com ele.
 -Mas é lógico, dã - disse antes de morder mais um pedaço de pão.

 Infelizmente nenhum de nós três sabe dirigir então sobrou para a Samanta levar a gente.
  -Pronto já estão no museu, assim que terminarem me liga e eu venho buscar vocês.
 -Mas Samanta o papai disse pra você fica com a gente.
 -Se toca Sam não to afim de se guia turístico das novatas.
 -È mas essas novatas fazem parte da família agora e são nossas novas irmãs.
 -Que seja. E para vocês duas as regra são: só me liguem depois das 19:00 horas, falo.
 -Ta, que seja há muito para ver, divirta-se gó... quer dizer Samanta - Nora ta tentando segurar o riso, mas parece que não esta conseguindo.
 Com essa, ela saiu pra sei lá onde ela vai.
 -Tomem cuidado com ela, e se eu fosse vocês não chamaria ela de gótica.
 -Mas ela é ou não gótica?
 -Claro que é Alice, mas ela não gosta que chamem ela assim, ela diz que essa é a nova moda.
 -Fala sério - disse Nora revirando os olhos.
 -Bom vamos entrar há muito para ver. - disse Sam.
 Geralmente Nora e eu evitamos lugares antigos como igrejas, museus, casas, etc. Mas eu queria sair de casa, conhecer o novo mundo onde teremos que viver.
 Nós entramos, e para uma igreja a varias salas.
 -Para uma igreja esse lugar é bem grande não é Alice - disse Nora
 -Era o que eu tava pensando.
 -Mas não se enganem eles tiveram que aumenta a igreja, porque uma parte pego fogo em 1965.
 Quando ele disse isso eu reparei em uma pessoa meio brilhante parado do lado de uma estatua.
 -Alice você vil ali do lado da estatua? - sussurra Nora.
 -È eu vi - viro para o Sam e pergunto - Sam neste incêndio alguém morreu?
 -Morreu! O padre que foi retratado por aquela estatua, e um garoto que tinha 18 anos filho de um conde, a estatua dele esta ali, vem comigo.
 Nós atravessamos a igreja e entramos em outra sala.
 -É aquela, todos acham que foi intencional, para assassinar diretamente os dois.
 -Como você sabe sobre tudo isso?
 -Eu tive que fazer um trabalho e escolhi esse tema.
 Eu e a Nora estávamos nos aproximado da estatua para ler o que tava escrito, mas quando vimos ele estava do lado da sua estatua.
 Para não ariscar, agente decidiu parar a uma sertã distancia, e ficamos olhando para ele.
 -Qual é o nome dele Sam? - pergunta Nora
 -Deixa eu me lembrar - ele olha fixamente para a estatua - Há lembrei é Daniel Sparks.
 Assim que o Sam disse o nome dele, o fantasma para de olhar pra gente e começa a olhar para o Sam, sombriamente.
 Por precaução Nora e eu entramos na frente do Sam discretamente, interrompendo seu olhar furioso.
 -Bom meninas eu estou com fome, vou na lanchonete ali do lado, vocês vem.
 -Nós vamos daqui a pouco, vamos dar mais algumas voltas não é Nora?
 -È, pode indo, daqui a pouco a gente aparece.
 -Bom tudo bem, to indo.
 Assim que Sam sai, eu olho em volta para ver se alguém esta por perto, e quando me viro Daniel esta bem na nossa frente. Com o susto eu aperto a mão da Nora que por alias esta gelada e suada, e seus olhos esta paralisados nos dele.
 -Vocês duas podem me ver? - pergunta Daniel com as sobrancelhas arqueadas.

MEDIUM TWIN: Gêmeas Mediadoras

Capitulo 1
                                  Nora, a viagem


 Sabe nunca tive medo de altura, mas quando você esta dentro de um avião, sentindo aquele friozinho na barriga, começa a  dar um desespero. Minha irmã sempre me ajuda em horas de desespero, mas no momento ela esta do meu lado dormindo, com quatro xícaras de café no estomago, esperando que ficasse acordada a viagem inteira, mas que não funcionou.
 Para me ajudar um comissário de bordo fica me olhando lançando sorrisinhos pra mim.
 Eu não sou de me gabar mas eu não me acho feia. Tenho cabelo longo até a cintura, liso e bem preto, olhos azul claro, uma boca rosada e perfeita. Minha irmã e eu gostamos de cuidar da nossa pele, com bastante hidratante e nada de maquiagem apenas uma mascara para os cílios. Alice não é nada diferente de mim, nós somos gêmeas idênticas, mesma pele, mesmos olhos, mesma boca, apenas muda o cabelo que ela resolveu cortar até o pescoço, porque as pessoas costumavam confundir a gente, então ela achou que assim seria mais fácil.
 Mas este cara esta me irritando, esta começando a ser abuso. Queria fazer igual a minha irmã, tomar xícaras e mais xícaras de café e dormir, mas eu odeio café.
 Então terei que agüentar até o fim da viagem.                          
 Alice e eu só estamos fazendo esta viagem por causa da mamãe, que resolveu se casar de novo, com o seu psicólogo o Jared. Eles se conheceram quando ela o contratou para superar o trauma de perder o papai em um acedente de carro.

 Estava Alice, papai e eu, no carro, indo para o shopping, nós íamos atravessar a avenida quando um caminhão passa o sinal fechado e nos acerta em cheio. Papai morreu na hora, Alice teve varias fraturas, e eu apenas quebrei a perna. Isso aconteceu a um ano.”

                  
 Minha irmã e eu estamos furiosas porque o papai não aparece pra gente.
 Olhe só, Alice e eu somos mediadoras, nós podemos falar, tocar e dar uma surra nos mortos, nós os ajudamos a cumprir seus últimos deveres ou suas vinganças no caso quando alguém é assassinado, e depois eles vão para o lugar onde devem ir quando more. Parece que o papai não tinha nada pendente. Que chato, eu queria me despedir.
 Nós morávamos em Nova Iorque exatamente no Brooklin, tínhamos vários amigos, eu e a minha irmã éramos umas das mais populares da escola, não só pela aparência, mas também, por causa que somos inteligentes, divertidas, simpáticas e algo mais, e boas de briga, quando você e sua irmã tem que espantar alguns fantasmas deste mundo, você se torna muito boa de briga.
 Ninguém sabe sobre o que eu e a Alice podemos fazer, nós fizemos um trato de não contar para ninguém o que...
 -Posso lhe trazer um travesseiro para a senhorita - disse o comissário. Ele não vai me deixar em paz!
 -Não obrigada - disse franzindo a testa – Não estou cansada.
 -Mas eu posso lhe trazer uma água, um energético ou algo do tipo – ele disse com um sorriso enorme nos lábios.
 -Obrigada de novo, mas eu sou menor de idade – já estou me sentindo incomoda – Eu só não quero ser incomodada.
 Só assim ele entendeu e saiu. Eu sei que foi meio rude, mas era o único jeito dele se toca.
 -Ele continua te importunando – Alice finalmente acorda – Não acha que foi meio rude? – disse com a maior cara de pau.
 -Há da um tempo, já to de saco cheio dele – disse furiosa – E você ao invés de me ajuda cai no sono. Grande irmã você é.
 -Mas ele é bonitinho – diz sorrindo. Mas assim que vê a minha cara se desculpa – Ta foi mal eu esqueci que você prefere os morenos de olhos castanhos. Mas não tem nada de ruim com os loiros de olhos verdes, bom não pra mim.
 -Ta legal mudando de assunto. Você sabe como são os filhos do Jared? – estou morrendo de curiosidade, mas não disse isso pra ela.
 -Na ultima vez que falei com a mamãe no telefone, eu perguntei e ela disse que o nome do menino é Sam tem 15 anos, esta no primeiro ano do ensino médio e é um gênio. Já a garota Samanta tem 19 anos, pinto o cabelo de preto e fez mechas roxas, esta no terceiro ano do ensino médio – disse com repulsa.
 -Ótimo uma gótica repetente como meia irmã. Não sou de fazer descriminação, mas a gente nunca conviveu com góticos – disse com ansiedade.
 -Relaxa, mamãe disse que é só a aparência, que ela é um amor de pessoa e muito gentil – ela falou com muita convecção.
 -Será que é só com a mamãe ou é com todo mundo?
 -Nós vamos descobrir isso agora, aperte o sinto porque vamos pousar.
 -Nossa anda de avião é pior que parque de diversão.
 -Você é muito medrosa sabia Nora! – ela disse rindo.



 Finalmente pousamos na cidade de Sanford-Florida. Jared mora aqui a cinco anos, se mudou pra cá quando sua esposa saiu de casa.
 Duvido acho que tava de saco cheio dele. Começo a rir do nada.
 -Duque você esta rindo Nora? Posso saber – pergunta mamãe.
 -Não acredito mamãe você fez mechas loiras no cabelo, você ficou linda – Alice ficou espantada.
 -Obrigada querida, neste ano que vocês ficaram com sua avó vocês mudaram muito também, cresceram, encorparam e...
 -Mamãe! – disse Alice e eu juntas.
 -Desculpe meninas. Bom o Jared vocês já conhecem, aquela é a Samanta – disse apontando para a garota atrás de todos – E este é Sam – colocando a mão no ombro do garoto que tomou a frente deles.
 -Oi eu sou Sam Wetzel, sua mãe falou muito de vocês – disse estendendo o braço e apertando a mão de cada uma.
 Ele não é tão alto, deve ter mais ou menos 1,65 de altura, ele ta na média.
 Eu e a Alice temos 1,68 de altura não há muita diferença dele para nós.
 - Vocês são tão iguais – disse a Samanta fazendo careta.
 -Só com a mamãe – disse nós duas olhando uma para a outra.
 -O que é só comigo?
 -Nada não mamãe – caramba Alice e eu vamos nos divertir aqui.
 -Seja bem vindas meninas, espero que tenham curtido a viagem até aqui – sorrindo Jared veio em nossa direção.
 -Claro, a Nora adorou.
 -Fique quieta Alice, eu odiei. Você que aproveito a viagem inteira para dormir, e perdeu todas as turbulências, foi muito divertido – isso eu falei tirando o maior sarro, ela também odeia esse friozinho na barriga.
 -Tudo bem, tudo bem, hora de ir. O carro ta aqui pertinho – dirigiu se Jared ao estacionamento.
 Chegando ao estacionamento deparei que não havia muitos carros. E havia uma Van prateada. E não acredito, estão indo naquela direção? Só pode ser brincadeira!
 -Ainda bem que nós não estamos mais no Brooklin Nora! Em toda a minha vida eu nunca achei que ia anda de van – Alice estava com uma cara de humilhação, como se estivesse com vergonha de entrar na van e alguém estar olhando.
 -Bom antes nós éramos quatro, agora somos seis então tive que comprar um carro maior – Jared disse isso com as palavra de desculpas transparecendo em seu rosto.
 -Acho que levou a palavra maior a serio demais – disse rindo.
 Bom o Sam foi o primeiro a entrar, e ficou na primeira fileira de bancos, Alice e eu fomos para a segunda e a Samanta para a terceira.
 -Grassas a voceis duas, papai terá que levar e buscar a gente para a escola neste carro horrível – disse ela irritada, se inclinando sobre o banco.
 E lavamos nós para a nova casa!