sábado, 6 de agosto de 2011

Capitulo 3 Nora, esclarecimento

Eu não sei o que aconteceu mas quando a Alice segurou na minha mão, eu senti que ela estava suada e fria, e não sei porque mas o meu coração acelerou tanto.
  -È nós podemos te ver e eu não gostei do jeito que você olhou para o Sam. - Alice estava do meu lado e a cada palavra ela apertava mais a minha mão, como se fosse para me acordar.
 Mas caramba que fantasma bonito, é moreno, cabelo curto encaracolado, e de olhos verdes, tem a pele perfeita, para um jovem que morreu aos 18 anos, ele não tem nenhuma espinha, lábios perfeito. Suas roupas a 44 anos atrás não eram tão diferentes de hoje, ele esta com um terno preto, uma gravata borboleta, e sem nenhuma marca de bala, de faca, provavelmente morreu com a inalação da fumaça, sua altura é mais ou menos de 1,83 de altura. Ele é perfeito.
 -Quem são vocês? - franzindo a testa para mim.  
 Com essa pergunta eu voltei ao normal e soltei da mão de Alice.
 -Eu sou Alice e essa é minha irmã Nora.
 -Como vocês duas podem me ver? - deitando a cabeça para o lado direito.
 Gente ele fico tão lindo fazendo isso.
 -Olha é complicado. Nós somos mediadoras podemos falar, tocar e ver vocês. Nós ajudamos vocês a cumprir suas ultimas tarefas, desejos ou vingança.
 -Vingança por quê? - ele faz uma cara de espanto.
 -È quando alguém é assassinado por alguma coisa e quer vingar a sua morte, assim como você, quem você quer vingar? - disse Alice.
 -Eu? Ninguém.
 -Então porque ainda esta aqui? - perguntei.
 -Eu não sei, eu devo ir a algum lugar? - diz ele frustrado.
 -Acho que sim, pra onde vai todo mundo quando morre, céu, inferno eu não sei. - depois dessa eu suspirei bem devagar, estou ficando um pouco ansiosa.
 -Tudo bem, você já sabe quem somos e o que fazemos, agora é a sua vez, quem é você? - Alice sempre foi melhor em escolher as perguntas certas para fazer.
 -Bom meu nome é Daniel Sparks, meu pai era o conde de Sanford e como o seu irmão disse eu tenho 18 anos, bom eu tinha quando morri.
 -E por que você foi morto? - essa pergunta eu tinha que fazer.
 -E por que eu lhe diria? Nora não é? Me desculpa mas eu não conheço vocês.
 -Nós só queremos te ajudar. - Alice estava nervosa com a sua ignorância - Nós dissemos quem somos agora é sua vez.
 -Mas eu não preciso de vocês, posso resolver isso sozinho.
 -Não, não pode, para você pode seguir seu caminho vai precisar de nossa ajuda. - este garoto é bonitinho mas começou a me irritar.
 -Calma Nora assim você vai chamar atenção - Alice ficou assustada com a minha mudança no tom de voz e eu confesso até eu.
 -Há algum problema senhoritas - o segurança olhou pra gente com uma cara de desconfiança.
 -Não senhor - dissemos juntas.
 -Então falem mais baixo.
 Com essa ele saiu, e nós ficamos sozinhas.
 -Vocês não de duas garotas de 15 anos, e acham que pode fazer qualquer coisa.
 -Nós temos 17 para sua informação - eu disse.
 -Olha não quero a ajuda de vocês, quero vocês duas longe de mim, e aquele seu irmão é muito esquisito...
 Este tal de Daniel não é o primeiro fantasma que nós vemos e não quer ir embora. Todos no começo cria uma resistência mas depois resolvem por ir.
 -...Você tem de ir embora o seu lugar não é aqui.
 Eu acabei perdendo o começo da discussão.
 -Mas se eu não quiser ir embora, eu gosto daqui. - ele começou a ficar frustrado.
 -Mas você esta morto, seu lugar não é junto dos vivos. - disse me adiantando.
 -Como vocês viram a diferença entre mim e vocês?
 -Ta Daniel essa você devia saber - Alice estava ficando brava por ele estar tentando mudar de assunto - Vocês tem um certo brilho e alem de ser mais pálidos.
 -Olhe nós temos que ir e essa sua forma de mudar o assunto funcionou bem, mas fique cabendo nós vamos voltar. Vamos Alice - e para dar uma ênfase sinto a minha barriga roncar de fome. Quando olho para Daniel, ele não estava mais lá.
 -Fantasma idiota. Que fantasma não quer sair daqui? - agora Alice estava realmente brava.
 Sam estava em uma lanchonete que fica bem em frente ao museu, estava comendo uma esfirra.
 -Puxa vocês demoraram, vocês gostam tanto de historias antigas assim?
 -É tava muito legal. - disse Alice com sarcasmo.
 -Vocês querem alguma coisa, isso ta muito bom. - ele foi logo nos oferecendo o seu.
 -Não - Alice e eu dissemos juntas, vendo ele comer isso acabei perdendo a fome.
 -Ham, Alice me empresta o celular, eu esqueci o meu na bolsa da viagem.
 -Ta legal. - ela fuçou na bolsa e me entregou seu celular.
 -Sam, qual é o numero da Samanta?
 -Para que você quer?
 -Eu quero liga pra ela, para vim nos buscar, eu quero ir embora.
 -Não - gritou ele, e pulou encima da mesa pra tira o celular da minha mão - Só tem três regras que a Samanta quer que obedeça. Primeiro - ele foi mostrando com o dedo - Não fique no caminho dela, se não você vai se dar mal. Segundo: não conte nada para o papai do que ela fizer, de bom ou de ruim, se não vai se dar mal e terceiro e é a principal, quando ela diz pra ligar só a partir das 19:00 horas, porque é a partir das 19:00 horas, se não...
 -Já sei, vai se dar mal. - interrompeu Alice.
 -Cara sua mãe é ruim com todo mundo? Por que ela parece ser bem legal com  a minha mãe. - assim que terminei de falar comecei a imaginar a Samanta sendo legal com a mamãe.
 -Ela só é educada porque o papai disse que se ela desrespeitar a Mel ele vai tirar o som dela e vai tomar a sua carteira.
 -Ham - Alice olhou direto para mim.
 Bom eu entendi o que ela quis dizer “ que vamos ter problemas”.
 -Bom ainda temos duas horas, então vamos andar na cidade. - sugeriu Sam.
 -Por mim tudo bem, e ai Nora ta afim de fazer compras?
 -Claro.
 Nós começamos a andar no shopping, fomos na loja de CDs e DVD, fomos lojas de roupas e agora entramos na loja de roupas intimas femininas: lanjeris, calcinhas, sutiãs e etc.
 -Eu acho que vou voltar naquela loja de CDs - Sam estava começando a corar.
 -Claro Sam - assim que ele saiu Alice e eu começamos a rir tanto que todos olharam para nós.
 No final acabamos comprando algumas coisas.
 Nós estávamos na entrada do shopping e Sam resolveu ligar para a Samanta já que era 20:00 horas.
 -Samanta nós estamos na entrada do shopping. - ele começou a escutar e ela disse algo que o deixou furioso. - Não, nem mais um minuto, você tem 30 minutos pra chega aqui, se não eu conto pro papai que você nos deixo aqui sozinhos e foi ficar com seus amigos góticos fazendo sei lá o que, e conto todas as outras coisas entendeu. - ele tava bem furioso. Fico com dó dele, do que ela pode fazer com ele por ameaça-la.
 Assim que ela chegou o Sam entrou no banco da frente, e assim que eu ia entrar a Alice segurou o meu braço, e apontou para o fim da rua. Lá estava Daniel olhando para nós.
 Nós chegamos meia hora depois e assim que jantamos como uma família grande e unida fomos dormir. Alice estava no meu quarto ia ser a primeira noite desde que nascemos que vamos dormir separadas.
 -Ei você vil o Daniel Sparks na rua fora do museu?
 -Alice você sabe que eles pode ir a qualquer lugar.
 -È, mas muitos preferem não sair, se sentem mais seguros, mas deixa pra lá eu só achei estranho.
 -Bom ele penca diferente dos outros fantasmas - eu não queria falar disso agora.
 -Posso fazer uma pergunta - Alice com aquela cara de “ vou te bater se não disser sim”.
 -Sim claro Alice, mas pense bem na pergunta - eu sei que vou me arrepender disso.
 -Você ficou com medo do fantasma?
 -Claro que não.
 -Então por que você tava com a mão tão gelada e suada?
 -Eu sei lá começo a me um frio na barriga.
 -Como te deu com o seu ex-namorado Kam do Brooklin.
 -Você ainda se lembra dele? - cara e eu querendo esquecer.
 -Como alguém pode esquecer que namorou com o capitão do time de baisibool, te deu uma correntinha com um pingente em forma de um anjo com pedra de diamante.
 -E que me traiu com sei lá quantas garotas - o Kam podia ser lindo, popular e capitão do time de baisibool, mas era um cachorro não podia ver um rabo de saia que ia logo atrás, não sei como eu pude ficar com ele por um ano.
 -Ta chega de falar sobre ex-namorados galinhas, to indo pra cama. Boa noite.
 -Boa noite.
 Assim que apaguei a luz, como a minha cama fica de gente pra janela, deu pra ver o céu cheio de estrelas. E logo depois eu apaguei.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Capitulo 2 Alice, nova casa

 O caminho do aeroporto até a nossa nova casa não era tão grande.
 Nós passamos pelo museu que o Sam disse que era uma antiga igreja, também passamos pela nova igreja que foi construída, que alias é maior que a primeira, e passamos pela nova escola que começaremos amanha. O nome da escola é Seminole High School.
 -Vocês vão gostar dela, os professores são legais e alguns alunos também. Mas tomem cuidado porque há alunos bem exibido - disse o Sam olhando para a Samanta.
 Eu olho para a Nora e ela apenas levanta os ombros.
 -Se vocês quiser conhecer a cidade, o Sam pode ser o guia turístico. Você mostraria a cidade para elas Sam? - mamãe estava se virando e olhando para Sam, Nora e eu.
 -Mas é claro Mel, com o maior prazer - Sam estava com um sorriso enorme no rosto.
 -Você viu Alice ele usou o apelido que nós demos para a mamãe. Quanta intimidade - Nora não é ciumenta, mas durante anos só ela e eu usamos o apelido que o papai deu pra mamãe.
 -Sabe Nora, um ano é muito tempo. Mas vamos levar isso na boa certo? - ela apenas balanço a cabeça pra cima e pra baixo.
 Finalmente chegamos, paramos em frente a uma casa de dois andar, com um sobrado, e duas janela na frente no andar de cima.
 -Sabe aquelas janelas lá em cima? È o quarto de cada uma - Jared disse isso olhando para as janelas - Nós não fizemos nada, a Mel achou melhor deixa viceis organiza o quarto.
 -Dormir em quarto separado? Vai ser difícil de acostumar - mas eu acho que vou gosta
 -È Alice vida nova.
 Entrando na casa vi que Jared tinha bom gosto, uma lareira e algumas fotos da mamãe e ele no casamento, outras do Sam, da Samanta e agora uma minha com Nora e a vovó na formatura da oitava série.
 Do lado da lareira havia uma estante com uma TV 42polegadas, um som grande com duas caixa e duas cornetas. Aposto que é por causa da Samanta. Dois sofás, um de três lugares e outro de dois, uma poltrona (do Jared é claro) e uma mesa de centro.
  Ainda no andar de baixo tem um banheiro, uma sala de jogos com dois computadores, um notebook, outra TV 42polegadas e um Nintendo WII.
 A cozinha é separada por um balcão, de um lado fica a mesa e do outro lado fica o fogão, geladeira, etc...
 Subindo as escadas me deparo em um corredor com seis portas, a porta no final do corredor é da mamãe e do Jared, a primeira porta a esquerda é da Samanta com um cartaz dizendo “ não incomode”, a segunda da esquerda é o banheiro, a primeira á direita é do Sam, eu sei disso por causa da placa com seu nome na porta, como aquelas de bebe, e virando pra frente da casa, há duas portas uma do lado esquerdo já aberta com a Nora já desfazendo as malas e trocando os moveis de lugar, de acordo com o seu gosto. Então fui para a porta que sobrou, a da direita.
Entrando no quarto me deparo com uma cama de casal de frente para a janela, uma cômoda na parede da esquerda, um daqueles armários em que você pode entrar dentro, uma almofada enorme, daquelas em que você afunda quando senta, e fechando a porta do de cara com um espelho de corpo inteiro grudado nela.
 -Se quiser mudar alguma coisa de lugar cinta-se à-vontade, querida. - disse mamãe.
 -Há, não se preocupe, esta perfeito assim, e eu adorei o closet. Apesar que ira sobrar um bom espaço.
 -Quando vocês duas terminar de desfazer as malas eu posso levar vocês pra fazer compras no shopping.
 -E ter que ir naquela van, a não obrigada - me recuso a andar naquilo pela cidade, anão  ser para ir a escola.
 -Não se preocupe o Jared tem outro carro na garagem é um gol vermelho - disse mamãe caindo na gargalhada com a minha cara de horror.


 Depois de terminar as malas eu desci para o café da tarde.
 Chegando na cozinha todos já estavam sentados comendo e sem incomoda eu me sentei  entre a Nora e a Samanta. Que ótimo.
 -Bom, Sam já que ainda é 13:00 hora da tarde eu ia gostar de fazer aquela excursão ainda hoje.
 -Claro, é só terminar o café e nós podemos ir.
 -Nora você vai? - olho pro lado quase implorando para que ela diga sim.
 Bom, não conheço o Sam direito então não ia querer ficar sozinha com ele.
 -Mas é lógico, dã - disse antes de morder mais um pedaço de pão.

 Infelizmente nenhum de nós três sabe dirigir então sobrou para a Samanta levar a gente.
  -Pronto já estão no museu, assim que terminarem me liga e eu venho buscar vocês.
 -Mas Samanta o papai disse pra você fica com a gente.
 -Se toca Sam não to afim de se guia turístico das novatas.
 -È mas essas novatas fazem parte da família agora e são nossas novas irmãs.
 -Que seja. E para vocês duas as regra são: só me liguem depois das 19:00 horas, falo.
 -Ta, que seja há muito para ver, divirta-se gó... quer dizer Samanta - Nora ta tentando segurar o riso, mas parece que não esta conseguindo.
 Com essa, ela saiu pra sei lá onde ela vai.
 -Tomem cuidado com ela, e se eu fosse vocês não chamaria ela de gótica.
 -Mas ela é ou não gótica?
 -Claro que é Alice, mas ela não gosta que chamem ela assim, ela diz que essa é a nova moda.
 -Fala sério - disse Nora revirando os olhos.
 -Bom vamos entrar há muito para ver. - disse Sam.
 Geralmente Nora e eu evitamos lugares antigos como igrejas, museus, casas, etc. Mas eu queria sair de casa, conhecer o novo mundo onde teremos que viver.
 Nós entramos, e para uma igreja a varias salas.
 -Para uma igreja esse lugar é bem grande não é Alice - disse Nora
 -Era o que eu tava pensando.
 -Mas não se enganem eles tiveram que aumenta a igreja, porque uma parte pego fogo em 1965.
 Quando ele disse isso eu reparei em uma pessoa meio brilhante parado do lado de uma estatua.
 -Alice você vil ali do lado da estatua? - sussurra Nora.
 -È eu vi - viro para o Sam e pergunto - Sam neste incêndio alguém morreu?
 -Morreu! O padre que foi retratado por aquela estatua, e um garoto que tinha 18 anos filho de um conde, a estatua dele esta ali, vem comigo.
 Nós atravessamos a igreja e entramos em outra sala.
 -É aquela, todos acham que foi intencional, para assassinar diretamente os dois.
 -Como você sabe sobre tudo isso?
 -Eu tive que fazer um trabalho e escolhi esse tema.
 Eu e a Nora estávamos nos aproximado da estatua para ler o que tava escrito, mas quando vimos ele estava do lado da sua estatua.
 Para não ariscar, agente decidiu parar a uma sertã distancia, e ficamos olhando para ele.
 -Qual é o nome dele Sam? - pergunta Nora
 -Deixa eu me lembrar - ele olha fixamente para a estatua - Há lembrei é Daniel Sparks.
 Assim que o Sam disse o nome dele, o fantasma para de olhar pra gente e começa a olhar para o Sam, sombriamente.
 Por precaução Nora e eu entramos na frente do Sam discretamente, interrompendo seu olhar furioso.
 -Bom meninas eu estou com fome, vou na lanchonete ali do lado, vocês vem.
 -Nós vamos daqui a pouco, vamos dar mais algumas voltas não é Nora?
 -È, pode indo, daqui a pouco a gente aparece.
 -Bom tudo bem, to indo.
 Assim que Sam sai, eu olho em volta para ver se alguém esta por perto, e quando me viro Daniel esta bem na nossa frente. Com o susto eu aperto a mão da Nora que por alias esta gelada e suada, e seus olhos esta paralisados nos dele.
 -Vocês duas podem me ver? - pergunta Daniel com as sobrancelhas arqueadas.

MEDIUM TWIN: Gêmeas Mediadoras

Capitulo 1
                                  Nora, a viagem


 Sabe nunca tive medo de altura, mas quando você esta dentro de um avião, sentindo aquele friozinho na barriga, começa a  dar um desespero. Minha irmã sempre me ajuda em horas de desespero, mas no momento ela esta do meu lado dormindo, com quatro xícaras de café no estomago, esperando que ficasse acordada a viagem inteira, mas que não funcionou.
 Para me ajudar um comissário de bordo fica me olhando lançando sorrisinhos pra mim.
 Eu não sou de me gabar mas eu não me acho feia. Tenho cabelo longo até a cintura, liso e bem preto, olhos azul claro, uma boca rosada e perfeita. Minha irmã e eu gostamos de cuidar da nossa pele, com bastante hidratante e nada de maquiagem apenas uma mascara para os cílios. Alice não é nada diferente de mim, nós somos gêmeas idênticas, mesma pele, mesmos olhos, mesma boca, apenas muda o cabelo que ela resolveu cortar até o pescoço, porque as pessoas costumavam confundir a gente, então ela achou que assim seria mais fácil.
 Mas este cara esta me irritando, esta começando a ser abuso. Queria fazer igual a minha irmã, tomar xícaras e mais xícaras de café e dormir, mas eu odeio café.
 Então terei que agüentar até o fim da viagem.                          
 Alice e eu só estamos fazendo esta viagem por causa da mamãe, que resolveu se casar de novo, com o seu psicólogo o Jared. Eles se conheceram quando ela o contratou para superar o trauma de perder o papai em um acedente de carro.

 Estava Alice, papai e eu, no carro, indo para o shopping, nós íamos atravessar a avenida quando um caminhão passa o sinal fechado e nos acerta em cheio. Papai morreu na hora, Alice teve varias fraturas, e eu apenas quebrei a perna. Isso aconteceu a um ano.”

                  
 Minha irmã e eu estamos furiosas porque o papai não aparece pra gente.
 Olhe só, Alice e eu somos mediadoras, nós podemos falar, tocar e dar uma surra nos mortos, nós os ajudamos a cumprir seus últimos deveres ou suas vinganças no caso quando alguém é assassinado, e depois eles vão para o lugar onde devem ir quando more. Parece que o papai não tinha nada pendente. Que chato, eu queria me despedir.
 Nós morávamos em Nova Iorque exatamente no Brooklin, tínhamos vários amigos, eu e a minha irmã éramos umas das mais populares da escola, não só pela aparência, mas também, por causa que somos inteligentes, divertidas, simpáticas e algo mais, e boas de briga, quando você e sua irmã tem que espantar alguns fantasmas deste mundo, você se torna muito boa de briga.
 Ninguém sabe sobre o que eu e a Alice podemos fazer, nós fizemos um trato de não contar para ninguém o que...
 -Posso lhe trazer um travesseiro para a senhorita - disse o comissário. Ele não vai me deixar em paz!
 -Não obrigada - disse franzindo a testa – Não estou cansada.
 -Mas eu posso lhe trazer uma água, um energético ou algo do tipo – ele disse com um sorriso enorme nos lábios.
 -Obrigada de novo, mas eu sou menor de idade – já estou me sentindo incomoda – Eu só não quero ser incomodada.
 Só assim ele entendeu e saiu. Eu sei que foi meio rude, mas era o único jeito dele se toca.
 -Ele continua te importunando – Alice finalmente acorda – Não acha que foi meio rude? – disse com a maior cara de pau.
 -Há da um tempo, já to de saco cheio dele – disse furiosa – E você ao invés de me ajuda cai no sono. Grande irmã você é.
 -Mas ele é bonitinho – diz sorrindo. Mas assim que vê a minha cara se desculpa – Ta foi mal eu esqueci que você prefere os morenos de olhos castanhos. Mas não tem nada de ruim com os loiros de olhos verdes, bom não pra mim.
 -Ta legal mudando de assunto. Você sabe como são os filhos do Jared? – estou morrendo de curiosidade, mas não disse isso pra ela.
 -Na ultima vez que falei com a mamãe no telefone, eu perguntei e ela disse que o nome do menino é Sam tem 15 anos, esta no primeiro ano do ensino médio e é um gênio. Já a garota Samanta tem 19 anos, pinto o cabelo de preto e fez mechas roxas, esta no terceiro ano do ensino médio – disse com repulsa.
 -Ótimo uma gótica repetente como meia irmã. Não sou de fazer descriminação, mas a gente nunca conviveu com góticos – disse com ansiedade.
 -Relaxa, mamãe disse que é só a aparência, que ela é um amor de pessoa e muito gentil – ela falou com muita convecção.
 -Será que é só com a mamãe ou é com todo mundo?
 -Nós vamos descobrir isso agora, aperte o sinto porque vamos pousar.
 -Nossa anda de avião é pior que parque de diversão.
 -Você é muito medrosa sabia Nora! – ela disse rindo.



 Finalmente pousamos na cidade de Sanford-Florida. Jared mora aqui a cinco anos, se mudou pra cá quando sua esposa saiu de casa.
 Duvido acho que tava de saco cheio dele. Começo a rir do nada.
 -Duque você esta rindo Nora? Posso saber – pergunta mamãe.
 -Não acredito mamãe você fez mechas loiras no cabelo, você ficou linda – Alice ficou espantada.
 -Obrigada querida, neste ano que vocês ficaram com sua avó vocês mudaram muito também, cresceram, encorparam e...
 -Mamãe! – disse Alice e eu juntas.
 -Desculpe meninas. Bom o Jared vocês já conhecem, aquela é a Samanta – disse apontando para a garota atrás de todos – E este é Sam – colocando a mão no ombro do garoto que tomou a frente deles.
 -Oi eu sou Sam Wetzel, sua mãe falou muito de vocês – disse estendendo o braço e apertando a mão de cada uma.
 Ele não é tão alto, deve ter mais ou menos 1,65 de altura, ele ta na média.
 Eu e a Alice temos 1,68 de altura não há muita diferença dele para nós.
 - Vocês são tão iguais – disse a Samanta fazendo careta.
 -Só com a mamãe – disse nós duas olhando uma para a outra.
 -O que é só comigo?
 -Nada não mamãe – caramba Alice e eu vamos nos divertir aqui.
 -Seja bem vindas meninas, espero que tenham curtido a viagem até aqui – sorrindo Jared veio em nossa direção.
 -Claro, a Nora adorou.
 -Fique quieta Alice, eu odiei. Você que aproveito a viagem inteira para dormir, e perdeu todas as turbulências, foi muito divertido – isso eu falei tirando o maior sarro, ela também odeia esse friozinho na barriga.
 -Tudo bem, tudo bem, hora de ir. O carro ta aqui pertinho – dirigiu se Jared ao estacionamento.
 Chegando ao estacionamento deparei que não havia muitos carros. E havia uma Van prateada. E não acredito, estão indo naquela direção? Só pode ser brincadeira!
 -Ainda bem que nós não estamos mais no Brooklin Nora! Em toda a minha vida eu nunca achei que ia anda de van – Alice estava com uma cara de humilhação, como se estivesse com vergonha de entrar na van e alguém estar olhando.
 -Bom antes nós éramos quatro, agora somos seis então tive que comprar um carro maior – Jared disse isso com as palavra de desculpas transparecendo em seu rosto.
 -Acho que levou a palavra maior a serio demais – disse rindo.
 Bom o Sam foi o primeiro a entrar, e ficou na primeira fileira de bancos, Alice e eu fomos para a segunda e a Samanta para a terceira.
 -Grassas a voceis duas, papai terá que levar e buscar a gente para a escola neste carro horrível – disse ela irritada, se inclinando sobre o banco.
 E lavamos nós para a nova casa!