segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Capitulo 6 Alice, invasão de privacidade


Eu estava sentada num banquinho que fica no balcão que divide a cozinha. A mamãe ainda estava preparando o jantar. Seriamente o Jared é mais rápido do que ela. Foi quando nós escutamos o grito da Nora, todos nos corremos para ver o que erra. Quando estávamos subindo as escadas com a confusão o Sam acabou tropeçando e quase levou Jared e eu que estávamos bem atrás dele juntos para o chão. Ao chegar no quarto a mamãe foi logo entrando.
 -Nora o que aconteceu? Você se machuco? – perguntou mamãe olhando Nora de cima a baixo checando.
 -Nada, não foi nada, eu só vi uma barata.
 -Você quer que eu a mate – Jared entrou no quarto e começou a procurar.
 Só então eu percebi Daniel sentado na poltrona de Nora. O que ele esta fazendo aqui e ainda por cima no quarto de Nora!
 -Não Jared ela já fugiu pode deixa, eu preciso me trocar – ela começou a empurrar ele para fora que continuava olhando no chão a procura do inseto, que nojo!
Claro que eles não podem ver Daniel, mas nós precisamos que eles saiam para falar com ele.
 -Cara você é muito escandalosa, tem medo de uma baratinha – Samanta estava atrás de todo mundo – Tomara que quando você estiver dormindo ela suba em cima de você e ande por tudo.
 -Quieta Samanta, saia daqui, você também Sam vamos deixar ela se trocar – Jared saiu levando todo mundo junto – Vamos Alice.
 -Não, ela pode ficar – ele olhou para Nora e ela acrescentou – Nós ficamos juntas por todo esse tempo, mais alguns minutos não vai mata ninguém.
 Assim que eles saíram eu entrei e tranquei a porta.
 -O que esta acontecendo aqui? Daniel o que você esta fazendo aqui? – perguntei, tudo bem que ele esta morto mas mesmo assim ele é um garoto e Nora esta de toalha.
 -Alice fica de olho nele, eu vou me troca – ela saiu e se tranco dentro do closet.
 -Daniel eu to esperando sua resposta? – cruzei os braços.
 -Me perdoe eu não sabia que ela tinha saído do banho, se soubesse nunca que eu faria isso. Me desculpe mesmo – pela cara que ele fez eu pude perceber que ele não fez por mal, foi simples sem quere – Nora você me perdoa? – ele falou mais auto, ele não precisava se preocupar se os outros ia escutar ou não.
 -Claro Daniel só tome mais cuidado – ela saiu do closet e veio em nossa direção.
 -Por que esta aqui Daniel? – eu perguntei chamando sua atenção. Ele estava olhando fixamente para Nora.
 -Eu queria pedir desculpas pela forma que eu agi mais cedo, foi agressivo e principalmente rude, eu não sou assim.
 -Agora esta falando como um verdadeiro cavalheiro – Nora falou e foi se sentar em sua cama, eu a segui, sentamos lado a lado no meio da cama e cruzamos as pernas.
 -Vocês duas são bem parecidas, mas só muda a altura – e voltou a se sentar na poltrona – A Nora é mais baixa. Não é baixinha – ele olhou pra ela e sorriu, dessa vez tive que segurar um riso.
 -Vou fingir que não ouvi isso – ela ficou emburrada.
 -E tem mais, já que vocês sabem da minha historia e estão oferecendo a sua ajuda...
 -Que você não aceitou – eu disse.
 -Mas já que ofereceram eu vou aproveita – ele se levantou e foi até a janela – E por onde vocês vão começa.
 -Se não é vingança, o padre não esta aqui para ajuda e os dois pombinhos também não – eu estava pensando em uma alternativa e estava bem difícil já que ele não sabia o porque dele esta aqui.
 -A gente poderia encontra os ossos dele e botar fogo – ela fez o gesto de riscando um fósforo imaginário – e puf ele vai embora.
 Daniel estava olhando para o por do sol que ficava bem de frente para nossa janela, e depois do que Nora falou ele se virou e estava com uma cara de assustado. Eu a olhei do mesmo jeito, como ela pode fala aquilo.
 -Você que não se atreva – em um piscar de olhos ele já estava em cima da cama, ele havia empurrado a Nora e estava segurando-a deitada – Entendeu. Eu estou colaborando com vocês, mas não faça com que eu me arrependa disso, posso ser bem perigoso quando quero.
 -Daniel, primeiro você quase vê Nora sem roupa nenhuma, agora quer subi em cima dela – eu estava puxando o braço direito dele para que a soltasse – E nós jamais faríamos isso.
 -Daniel saia de cima de mim – ela estava tentando se levantar mas ele não deixo – Ta legal, desculpa foi mal, eu sei, falei besteira me desculpa mesmo.
 Assim que ela se desculpou ele saiu de cima dela.
 -Mas tocando nesse assunto você sabe onde o seu corpo foi  enterrado – ele franziu o senho novamente só que desta vez para mim – Não é para isso, é só que, veja bem, nós não somos as únicas mediadoras do mundo, e se a sua ex-noiva ter voltado e estiver procurando por outro mediador para fazer exatamente o que Nora disse...
 -Há mais de vocês por ai? Você ta brincando né? – disse Daniel já recuperado
 -Sim tem mais, nós conhecemos um lá no Brooklin mesmo, ele que nos ensino tudo o que sabemos.
 -Ou, agora fiquei preocupado, será que ela volto?
 -Não á como sabermos – Nora foi se sentando novamente – Ela não apareceu pra gente, mas repetindo você sabe onde esta o seu corpo?
 -Não, eu não faço a mínima ideia.
 -Já que você quer ficar, teremos que achar e ficar de olho se Sabrina volto.
 -Nora, Alice venham o jantar esta pronto – gritou Sam.
 -Estamos indo – gritamos nós duas juntas.
 -Daniel podemos conversar amanha? – perguntei
 -Claro, vocês vão para o museu ou eu venho aqui?
 -È melhor ele vir aqui, Alice se formos no museu três dias seguidos os outros podem estranhar – Nora olhou para mim e aqueles  “ outros “ ela quis dizer mamãe, Jared, Sam, Samanta e o próprio segurança do museu.
 -Ela tem razão Daniel, você vem pra cá depois do nosso colégio pode se?
 -Pode, e alias eu gostei da sua casa, diga a seu pai que eu disse bom trabalho.
 -Ha, Ha, vai esperando e ele é nosso padrasto, há diferença entre pai e padrasto – Nora saiu da cama em direção a porta já abrindo-a.
 -Tchau Daniel ate amanha – eu falei, mas foi mais por educação.
 Depois que nos despedimos fomos janta, todos já estavam lá e esperavam nós duas para começar a comer.  
 -Caramba, tem que demora tanto assim pra se vestir, eu to com fome – a Samanta estava de costas pra gente e se virou pra nos ver entrando – Ei e a barata, ela resolveu não aparece, com aquele seu grito e a sua cara é claro que a bichinha ia se assusta.
 -Samanta – Jared a repreendeu – Se você disser mais alguma coisa desse tipo pode dizer adeus a sua carteira, você me entendeu.
 -Ta, foi mal.
 Então nos sentamos e começamos a comer.
 A janta estava deliciosa, uma coisa que eu não  podia acreditar é que foi minha mãe quem fez tudo, mas depois quando Nora e eu estávamos lavando a louça descobrimos que a mamãe teve ajuda do Jared.
 -Caramba Alice eu nunca levei um susto tão grande – ela tava lavando a louça, olhou pra mim e sorriu ao falar – Vo te fala se a toalha não estivesse bem enrolada eu teria deixado cair.
 -Seria muito engraçado.
 -Claro que não, por que você acha isso, seria constrangedor.
 -Pense bem ele é de uma época onde as garotas eram respeitosas e educadas, se duvida ele nunca deve ter visto uma garota de toalha, nem mesmo as próprias irmãs – eu não consegui segurar a risada que subiu pela garganta – Foi por isso que ele também se assusto.
 -Ta, mesmo ele sendo uma fantasma isso teria sido humilhante se tivesse acontecido.
 -Já terminaram meninas – a mamãe tem um péssimo abeto de entrar de fininho nos lugar.
 -Já mamãe – eu me virei e dei de cara com ela inclinada no balcão – Ai mamãe, precisa chegar tão perto assim?
 -Desculpe querida, não queria te assusta. Só queria pergunta se já fizeram o dever do colégio?
 -Mãe, não somos mais crianças – cara como ela pode pergunta isso pra gente.
 -Terminaram ou não?
 -Não mamãe, não tivemos tempo ainda – Nora se virou e estava secando a mão no pano – Mas não se preocupe já estamos indo.
 -Tudo bem – ele se endireito e foi em direção a porta, mas entes de sai ela paro e olhou pra trás, pra nós duas – È muito bom ter vocês perto de mim de novo. Senti muito a falta de vocês sabia?
 -Eu também – dissemos juntas.